Holy Grail

Holy Grail

domingo, 9 de outubro de 2011

Eufemismo de Alguns Segundos

Unhas dilaceradas contra a parede, o sangue que escorre pinta as faces e os lábios. De pé, ele morde a própria língua apaixonadamente, enquanto a saliva escorre pelos seios. Os corpos já foram todos marcados mostrando o reflexo que é estranhamente engraçado e agonizante. A boca vai se abrindo como se fosse engolir o universo, ou talvez, deixar sair um novo. Os olhos se encontram num segundo de razão e o oxigênio que parece se extinguir, leva embora essa percepção.

Loucura ou Paixão?
Eufemismo de uma sensação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Bibliopensamentos

No canto mais escuro da biblioteca eu me encontro para fazer o meu trabalho. Sentado no chão, vou relaxando no ambiente pouco iluminado. No corredor mais espaçoso trato os livros como uma dama, dançando ao som de músicas que hora ou outra, gostaria de ter escrito.

Vou acompanhando a minha trajetória e a do mundo, meditando ao passar das páginas, tentando me localizar no meio de tanta informação. Homem dentro da caixa.

Essas horas são tempos triangulares, as vezes conforta, as vezes amedronta e as vezes perturba. Então crio minha própria terapia para dialogar comigo mesmo e esquecer as energias que não são boas.

Todos os anos que existiram tem um pensamento meu, os bons eu pego novamente e os ruins deixo nos livros que fecho. E se abrir algum pensamento ruim de novo, nem lembro, pois esqueci.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Rei Sem Coroa

Sua teurgia provém de deuses miseráveis, representantes da inveja e da ilusão, todas as suas grandes obras são cópias abomináveis de tudo que você odeia. A própria vida que você aborta assina mais uma parada nessa terra de zumbis. Olhe profundamente onde você enterra seus pés, cego para todos os segredos. Jamais inveje os tesouros dos outros e nunca tente morder a mão que te alimenta, pois nem no abismo você vai conseguir chegar sendo apenas um mortal procurando uma árvore.

Apenas um mortal desejando uma coroa.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um Dia Para Contar

Se a calçada tropeçasse nas minhas pernas hoje, eu choraria. Estou tão triste com meu próprio reflexo que nem consigo me concentrar para sentir o que realmente sinto. Tão fraco por causa de algo engenhoso que permite aprisionar o homem com um olhar. Por isso, permanece uma coisa que sempre olha nos meus olhos, fixamente, na espera de que eu pare de andar. Uma angústia astuta que sabe perfeitamente onde me provocar, uma dama que mora na minha cabeça. Nunca posso cair, lembro disso e preciso descer até a realidade. Quando tropeço, arrumo meus sapatos e continuo o caminho, aguardando um olhar que possa me receber sorrindo. Assim que chegar ao meu destino vou poder contar sobre o dia que passei, o dia mais forte em que já andei.

O Fotógrafo, o relógio e a fotografia

Com a minha lente passo o dia conversando com as horas, esperando um lugar que só vou ter depois de alguns dias. Posso estar cercado por conversadores, mas nada distrai meu foco. Fico sonhando e estou longe, não tão longe quanto queria estar, e logo me sinto solitário, como todo poeta que não sabe amar. Não tenho certeza se é uma faceta da espiritualidade feminina ou um desvio comportamental, também pode ser só a saudade me apertando para voltar ao mundo real. Carrego até sorrir junto e depois me despeço dessas coisas da distância, mesmo que apenas por um monitor de esperança. Evito compartilhar esse tipo de fraqueza. A minha loucura é um pensamento pensando em outro pensamento. Minha solidão pode ser o fantasma de alguns segundos de atenção. Respiro fundo e fecho os olhos, a saudade aperta, mas também revela. Busco as melhores imagens e procuro descansar. Ah... como eu quero uma nova fotografia.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Progressivo Nascer do Sol

Como eu gosto das roupas pelo chão, daquele conforto em te abraçar e dos teus movimentos extremamente sedutores. O misterioso olhar que reflete toda a luminosidade e energia do Sol traduzidos em paixão, a perna que me entrelaça como uma delicada gata se espreguiçando e as mãos que parecem saber exatamente onde está localizado cada ponto de energia do meu leve corpo. Os seios se beijam e parecem transmitir as primeiras palavras do dia, os olhos cada vez mais próximos, sorriem e libertam a consciência das areias do sono. Que bom acordar do teu lado, que gostoso alimentar o espírito com teu sorriso pela manhã, é como estar preparado para conhecer todo o universo, mesmo esquecendo de todo ele nesse círculo perfeito. Nossas camas são os altares de um progressivo ritual que aos poucos desvenda nosso precioso conhecimento. E acordando com a certeza da tua presença eu posso sempre ver o Sol nascendo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Jardineiro e o Céu

Sou um jardineiro de mãos fiéis, sem estudos teóricos, mas grande força de vontade para trabalhar. Ando perdido na minha falta de compreensão e nas armadilhas do tempo. Expondo a minha pobreza em todos os atos, estou sujo e descalço. A terra entra em minhas unhas e me pinta tão feio quanto meu jardim me vê sempre que esqueço de regá-lo. Estou perdido e miserável. Minha ignorância me cegou, deixando meu pouco conhecimento escapar. A simplicidade foi guardada e a água esquecida, minhas roupas se rasgaram e a angústia arde em ferida. Triste por não ter dado uma primavera ao meu jardim, machucado pelos espinhos que já recolhi, borrando a poeira da face com lágrimas, perdendo a razão e a alma. Preciso devolver a beleza desse coração, regar a semente da minha eterna gratidão. Sentado não posso mais esperar, meus movimentos caírem de algum lugar. Como um velho derrotado e os atos de desespero, deitei-me sobre o jardim tentando adubá-lo com meus restos. Esperando a própria terra me enterrar, sem os braços dos meus amores, olhei para o céu e aprendi o que preciso para dar vida as flores.

sábado, 2 de julho de 2011

Conheço a face da tristeza quando o sono me abandona.

Oblivion - Andando

Andando. As vezes eu não sei se estou esquecendo o que sou ou sou isso que as vezes é lembrando. Ideologia solitária para quem nunca esteve sozinho, mas até onde podemos medir a veracidade da solidão? Permaneci desde o meu nascimento refletindo sobre esse dilema, essa tortura sonhadora fantasiada por ilustres mestres da literatura. E a que conclusão chegar? Me faço oblívio pela minha indiferença, sou carente de apenas poucas presenças, quero uma alma rica para me acompanhar e não quero estar realmente isolado.

Inventamos deuses para a admiração de ações e elementos que nos faltam. Como se fosse um verso de um épico, a verdade, é que somos simples mortais e estamos bem distantes de qualquer perfeição sem que seja pelos nossos olhos. Amamos e odiamos essa nuvem mortal, e se tem algo que aprendi sobre o que sou e todos os seres humanos é que todos temos problemas. E eu tenho problemas.

Vou desviando os outros olhares e a única coisa que eu faço é tentar diminuir essa bolsa que todos nós carregamos, e eu realmente me esforço por isso. Não sei se sou lembrado por isso ou estão esquecendo disso. Apesar de falador e sonhador o que eu sei é... ouvir. Andando.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Bons Dias

Acordando eu sinto o cheiro do perfume mais encantador que já conheci. Ao mesmo tempo que abro meus olhos me viro para o lado dela, ainda adormecida e com a pele branca e macia de sempre. Os poucos raios de sol que entram no quarto, iluminam o ambiente de uma maneira esplêndida e vou chegando mais perto do meu objetivo maior. Eu vivo as manhãs com a Mulher da Minha Vida, com todo o Amor que me faz acordar como um imortal.

Agora com a respiração dela tocando a minha face, eu fico admirando seu sono, com a vontade de poder estar com ela pra sempre e fazer companhia nas noites frias. Passo a mão pelo seu rosto e me lembro da primeira vez que a vi: um breve caminho de passos firmes e olhar fixo, mãos tremendo e a irresistível imaginação de abraçar e beijar.

O sol quando acordamos parece que foi feito para aumentar a beleza do meu Amor, seus olhos ficam tímidos com a pouca claridade, mas logo ela me lança aquele olhar forte e delicado que reflete o Universo. Com o beijo de sempre em sua testa, ela diz o que eu sempre esperei e o que mais gosto de ouvir, como um segredo oculto e aquela voz poderosa do amanhecer, eu me sinto mais e mais vivo em responder.

A Felicidade dos meus dias é ter essa Mulher na Minha Vida, é acordar todos as manhãs com um "Te Amo" de bom dia.


domingo, 15 de maio de 2011

Sexta-Feira de Outono

Sexta-feira de outono. A noite está fria e chuvosa, a lua aparece borrada por nuvens sublimes, meu corpo só quer deitar e minha mente permanece calmamente inquieta, me impulsionando à vontade de escrever. Sou um escritor sem métrica ou estética objetiva, mas sempre respeitador de todas as escolas. Apesar de mesmo que subconscientemente admirar as argumentações, talvez eu realmente seja um romântico. Sinto saudades do meu Amor e sua fantástica presença feminina, e uma noite como essa só me permite sentir seu perfume nos nossos lençóis.

Sempre fui apaixonado pelo frio, a chuva e a noite, mas hoje essa combinação parece me sufocar delicadamente querendo algumas lágrimas. Esta noite me trouxe um desejo, que na próxima noite com a mulher da minha vida, eu vou realizar. Uma boa comida italiana, um bom vinho e o calor da nossa cama.

Que se entenda que não estou triste, apenas um pouco inanimado sem a presença física do meu Amor. Ela que surpreende meu coração em todos os movimentos e até corresponde minha estranha queda pela dualidade. Ela que enaltece a minha existência e junto comigo, me ajuda a parar o tempo.

Eu quero sempre poder escrever e quero ela para me inspirar. Quero uma sexta-feira fria de outono onde ela me abraça enquanto escrevo, uma sexta-feira de outono onde escrevo ao lado de um berço, quero todas as sextas-feiras frias e chuvosas na companhia dela e com seu esplendor. Quero uma família Feliz e com Amor.

Pra Sonhar

Estamos deitados numa cama amorosa e vou sentindo todos os prazeres de tatear teu corpo. A pele mais branca e macia que me transforma em um ser compulsivo pelos teus abraços, alguém que pode ficar milênios nos seus braços. Fico admirando meus dedos se enroscarem nos seus cabelos enquanto faço carinho por toda sua face. A mão escorregando pela nuca e aquele leve movimento convidativo para o encontro dos nossos lábios. Depois desse encontro concentro minha atenção nos olhos negros que me mostram como é forte a mulher que eu Amo. Nesse momento a ponte entre nossos corações parece se materializar e fico imaginando todas as coisas que queremos fazer e os frutos dessa reunião. Volto a apreciar o momento chamado pelo cheiro do teu corpo, e me pego pensando se tal perfume não poderia ser uma flor. Gosto de ouvir tua voz e esquecer meu nome, atendendo só aos apelidos que expressam o que sentimos. Quando você dorme nos meus braços, os sonhos são fantásticos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Simpatia pela dualidade e megalomania, me transformam no Bem e no Mal.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Da Saudade, Há Vontade

Leve distância que ironicamente me presenteia com a saudade, me animando como um sonhador da realidade. Por cada lágrima despejada nos céus, concentro toda força universal no meu interior. Eu desejo algo que é simplesmente grandioso, um milagre natural. Algo como estar em um agradável clima sentindo frio, e deslocando as mãos ao sol, sentir aquecer.

Leve distância que fortalece meu coração, me fazendo sempre lembrar dos portos alegres e dos objetivos mais belos que podemos encontrar. Todas as imagens que envolvem meu pensamento, tem um modo fantástico de agir, pacificando toda meditação. Eu quero ser esse arquiteto da escrita, esse humilde sonhador, mas também o forte construtor e o mago da realidade. Homem e Mulher, alimentados pelo fruto da sintonia.

Leve distância que amadurece a minha alma, me transformando em um grande homem, com um grande Amor. Poucos momentos bucólicos nunca mais existirão nos dias que quero conquistar, dias que dão valor imensurável aos espíritos e fazem transbordar o cântaro da sintonia. Meu coração é forte e a alma madura, desejo não ter mais saudade porque estou com a minha Vontade.

domingo, 17 de abril de 2011

Surrealismo do Peregrino

Se os pisos caíssem debaixo dos meus pés, eu ainda seria uma corpo que voa. Inundado na percepção surrealista, extremamente servido com todo o amor do mundo e ainda assim, querendo mais. Não tenho muita tendência de ouvir o óbvio e os problemas mais difíceis é que me interessam buscar a solução. A simplicidade só reflete o meu jeito único de expressar o oblívio. Oblívio que nunca quer ser, oblívio que deseja existir. Eu viajo alucinado nas minhas próprias idéias, sentindo apenas a falta da minha inspiração. Disparo palavras em uma conversa com Dalí, escrevendo exilado da minha razão. Conto a trajetória da minha maior obra de arte, aquela que tudo que eu amo faz parte. Assim eu sou o Peregrino, que sonha da água para o vinho.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Antigo Ritual

Somos Deuses carregando uma concha que flutua no Universo, erguida por uma espiral. Nunca voamos tão alto ao sentir essa sensação multiplicada por milhões. Que nossos passos firmes tenham a força de toneladas, hoje não seguramos nossos pés no chão. Ao se despir em unidade libertando a graça, hoje quem guia são as asas.

Membros se entrelaçam ascendendo um prazer supremo. Todo o Universo se torna sensível ao toque, e o mundo tão pequeno nos deixa tocar o céu. Deitamos no jardim secreto de um outro plano enquanto nossas línguas saboreiam pétala por pétala de uma linda flor.

Olho com Olho, nos permite ver que o que sentimos é a Sabedoria eterna. Boca com Boca, nos transforma em Deuses criadores. Exploramos os mistérios do Grande Templo e nossas serpentes sobem em espiral, as metades unidas no cálice sagrado realizam o mais antigo ritual.

Ao nos tocar todos os nossos sentidos são elevados ao grau máximo, o gosto e o aroma da essencial iluminação, os sons e a visão da grande ascensão. Saboreamos cada parte desse corpo doce e temos orgasmos na alma. Um dentro do outro, provando que tudo que está em cima é como o que está embaixo.

Doce ascensão, divina iluminação, no mais antigo ritual...
Somos Deuses na União

sábado, 19 de março de 2011

Quando pedir não é demais

O sono não me visita quando estou aqui, parado. Inércia ponderada da essência ou simples castigo prazeroso, hoje eu durmiria até no esgoto, mas o sono não vem me visitar. Perdão aos meus Deuses e todas essas árvores, os potes as vezes não são nossos e nossa interpretação fica pairando.

Eu peço, observando.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ia Mantra

Cantando Ianuarius com a Vontade nas Palavras
Eu falo como o Gênesis de uma Nova Era
Lembre-se sempre disso Rosaceae
Toda Verdade e Desejo
Presente em Serpentes Gêmeas
Vermelho e Amarelo
Voando na Grande Espiral
O Círculo Perfeito
Até o Fim do Mundo
Que assim seja

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cantharus

O mundo foi esquecido, enquanto somos contemplados por paredes brancas. Em um total silêncio que permite apenas o relacionamento de nossas vozes, estamos em outro plano.

Somos conhecidos numa caverna, almas gêmeas de todos os tempos. A mais pura Vontade do Universo transforma gemidos em versos.

Nada mais é preciso se tivermos isso para sempre, na dança da natureza vamos dar todas as voltas no Sol. Se beijar na Lua e sacrificar todos por um.

O Cálice nos banha com seu líquido supremo, guiando nossas almas na espiral. Estamos iniciando o amanhecer de uma Nova Era e todos os Deuses conspiram a nosso favor.

Ao décimo dia desse segundo, a Água, limpa e mostra o nosso caminho, queimaremos com o fogo divino e seremos um único círculo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Estrela e as Rosas

Todas as forças estão reunidas em um grandioso ritual, toda Sabedoria da natureza, toda complexidade do Infinito. Temos todos os elementos necessários para construir um mundo, e deixá-lo navegar em harmonia com o Universo. Temos um ao outro como o céu, o Sol e a Lua. Somos a balança da essência, como a Razão e a Emoção, o Sonho e o Real, o Cosmo e a Vibração. Jovens aprendizes do misticismo, tentando prever o futuro enquanto a própria Magia une nossas mãos.

Todos os planos realizados numa fantástica Espiral, minuciosamente arquitetada por almas gêmeas de vidas passadas. Almas gêmeas moldadas por diálogos de Deuses e Titãs, e que agora podem voar em um Círculo Perfeito além das conhecidas constelações, protegidos pela Grande Estrela.

Um dia, pisaram firme na Terra e deram a realidade as serpentes da Lei, tocaram os rostos e puderam saber o que é existir. Mãos dadas e uma longa jornada ao paraíso.

Dois dias e a Água limpou toda a poeira dessa existência, a pele se comunicava e era lavada até a alma. Palavras de conhecimento para se conhecer.

Três dias e o Fogo sacramentou a União, elevando as consciências além dessa atmosfera. A chave da Vontade foi descoberta.

Quatro dias e o Vento levou embora todos os males, deixando a bela purificação. Mãos apertadas e cada olhar conversando com a outra alma.

Cinco dias como as pontas da Grande Estrela, erguendo o terceiro olho para a Lei que não podemos simplesmente ver, e sim, sentir. Sentindo o Segredo de dançar com o Universo, somos imortalizados aos poucos porque fomos feitos um pro outro.

Temos duas Rosas e um Mundo, e pra sempre vamos ter...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Duas Serpentes

Nas escadarias do Universo, estamos de frente aos pilares da Vida. Segurando as colunas da Sabedoria me preparo para entrar no templo sacramental. Em espera, consagrando o santuário você se torna a Grande Sacerdotisa. Somos duas serpentes dançando em volta do eclipse.

No círculo, vemos os potes perfeitos sobre o sagrado altar e sentimos suas formas nas nossas línguas, sentimos suas essências em outro plano. Minha mão segura um Coração e a ferramenta solar, você tem a Lua e me beija, agora tudo que é sagrado alcança nossos sonhos. Iniciados no princípio da Natureza, guiamos as serpentes que saem do centro do fogo.

Há uma União de sangue construindo a Espiral, um outro nível de existência. Somos duas serpentes do fogo libertando o essencial.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dia Longo

Hoje eu serei o cão cansado vivendo o dia mais longo que já existiu. Não poderei me esconder nas paredes e aguardar a liberdade, vou pisar no mundo e ser torturado pelo relógio. Eu me atraso no tempo acelerado e destruo meus dentes sentindo raiva de atos. Atos não tão meus que parecem manipulados por alguma força que desafia o karma. Não posso fazer nada, ter Fé e Vontade são as minhas opções. Infelizmente as vezes eu sou só um pobre humano, agindo como idiota sem perceber. Dentes quebrados e unhas cravadas, no dia mais longo serei uma criança benevolente que chora na alma.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Coruja

Há uma transversal entre meu dia e a noite
Separando a solidão solar da iluminação lunar
Meus olhos grandes enxergam longe
Como sinônimos desconhecidos

Eu não faço morrer num olhar
E já não durmo mais em um galho vazio
Estou em espiral na alquimia
Com Athena e nossa Sabedoria

Céus cinzentos preparando o dia
Já passei de toneladas de ferro
Tentando vibrar em harmonia
Produto de transformação do pensamento

Árvore sem rosto apaga escrituras
Dá passagem de horas brancas
Salvas pela lembrança
Pote de sentimentos

Como uma fênix queimada
Aguardando a sintonia
Conversando com Chronos
Esperando a magia