Holy Grail

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Delirium

Não escrevo nada importante.
Não escrevo nada bonito.
Nunca escrevi nada importante.
Nunca escrevi nada bonito.

Delírios de um escritor com problema existencial, um amontoado de palavras que não representam nada. E não é porque não quis, apenas porque sou um infeliz. Amaldiçoado pelo ultraromantismo em todos os sentidos. Idealizando o que não podemos idealizar, almejando a donzela que está distante dentro de sua própria consciência. Me deito com a garrafa cheia de líquido, e transformo minhas tristezas em vinho. Aborreço minha própria desilusão, convulsiono minha própria consciência. E continuo questionando essa injusta existência.

Oblivion - Sonho

Um sonhador perturbado, um alquimista desajeitado. Sou o oblívio, mas havia me esquecido, pois em seus braços conheci o delírio. Achei que a realidade seria mais bela, nem preta, nem cinza, apenas com tonalidades de aquarela. Me perdi no desconhecido buscando o conhecimento, juntei muitas forças para serem levadas com um único vento. Um sopro mortal de desilusão, uma punhalada firme e vigorante dentro do meu coração. Eu sou aquele que cai em esquecimento, e estava feliz por me perder desse advento. Fui lembrado da existência na hora mais triste, fui levado a crer que nada do que eu digo existe. Minhas palavras não fazem sentido, nada do que eu digo é ouvido. Talvez eu não seja assim tão importante, ou talvez minhas palavras não sejam o agravante. De qualquer forma, eu ainda sonho, e me deito com a vontade de nunca acordar.

Uma exceção se me mostrassem a verdade.