Holy Grail

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Fotógrafo, o relógio e a fotografia

Com a minha lente passo o dia conversando com as horas, esperando um lugar que só vou ter depois de alguns dias. Posso estar cercado por conversadores, mas nada distrai meu foco. Fico sonhando e estou longe, não tão longe quanto queria estar, e logo me sinto solitário, como todo poeta que não sabe amar. Não tenho certeza se é uma faceta da espiritualidade feminina ou um desvio comportamental, também pode ser só a saudade me apertando para voltar ao mundo real. Carrego até sorrir junto e depois me despeço dessas coisas da distância, mesmo que apenas por um monitor de esperança. Evito compartilhar esse tipo de fraqueza. A minha loucura é um pensamento pensando em outro pensamento. Minha solidão pode ser o fantasma de alguns segundos de atenção. Respiro fundo e fecho os olhos, a saudade aperta, mas também revela. Busco as melhores imagens e procuro descansar. Ah... como eu quero uma nova fotografia.

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