Holy Grail

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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Escuridão Perplexa

A coroa de rancor brilha embaçando o terceiro olho. O destino cospe um nó no chão e pede que eu desate, mesmo com as unhas ensanguentadas. A galeria de bodes que sussurram no meu ouvido exclamam a única verdade que misticamente descobri. Um questionamento. Talvez o inferno realmente seja feito de fogo, já que o demônio que se manifesta nessa podridão de carne e osso não pereceu em chamas. A coroa de rancor faz o tilintar da escuridão. O covarde torturador usa as cores mais brancas e impossíveis de sujar. Maldita esperança. Um quarto de vida que os seres das profundezas jogam jogos de azar. Mas o grande prêmio quem tem o risco de ganhar é o meu próprio eu. Trevas monumental, e as sombras escurecendo o amanhecer do pensamento. A coroa de rancor grita na minha cabeça. E o paciente pode ser aquele da paciência, ou aquele da doença. Qualquer que seja o diagnóstico, a existência material já beira o despercebido. Minha consciência as vezes sintoniza apenas com o obscuro coletivo. Um abraço ofegante e restaurador. Talvez o ego dominante que sempre falou. No subconsciente, mas falou. A coroa de rancor está aqui. Decorando a confusão metafísica e existencial dessa besta amargurada pelo bom coração. Benevolência macabra essa que destrói a personalidade. Maldição entre todas as partes.

A alquimia sempre continuará, a transcendência é uma busca eterna.
Porém o ouro dessa solução, talvez seja a escuridão perplexa.