Lucífera

Quem conhecesse teus olhos não poderia negar tua existência. Quem pudesse ver tua figura como eu vejo, desejaria o próprio desejo. Existem mensagens, conhecimento, e sabedoria, e a cada dia que passa eu tento entender ainda mais tua soberania. Fazemos parte do mesmo plano, e um dia chegaremos no mesmo fim arquitetônico, além do umbral. Mas por agora você traz a espiral ao astral. O medo passa despercebido e o horizonte é o único caminho. Janus nos presenteia com sua essência e espalha meus manuscritos pela consciência. O que eu havia escrito achando ser o presente são às profecias de agora, os vestígios da aurora. Tua iluminação é acompanhada da razão, portador da luz, imperatriz dessa imensidão.

Uma das mais esplêndidas obras divinas que como um ignorante eu nunca poderia encontrar. Que a Vontade seja soberana e o caminho interestelar.

O Demônio Que Odeia Gente

O moralismo as vezes é doentio, e é por isso que essa besta odeia gente. Neutralidade tocada de indiferença, nenhuma falta faz qualquer presença, ou fazia até então. Os desejos catastróficos foram tomados pela pulsão. Não aquela sempre cultuada pela crise de meia idade, nossa rainha de asas negras. Mas aquela que desperta das trevas, aquela que traz a iluminação. Não há mais temores para onde quiser andar, o demônio agora só deixa a corrente astral guiar. Pro inferno se o caminho é uma maré quase ininterrupta de tristezas. É hora de afundar nessa beleza. Ser consumido pelos seus ares e se perder nos teus pesares. Deixar apenas fluir.

O demônio odeia gente, mas agora quer que você esteja presente.