Holy Grail

Holy Grail

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Musa

Teu corpo é o molde divino da materialização do amor. Uma relíquia impossível de interpretar exclusivamente pela racionalidade humana. Um universo inteiro permitindo que eu possa experimentar em todos os sentidos minha condição única de te amar. Tua existência é a beleza plena da inspiração. Uma energia capaz de construir olimpos nas minhas alteradas consciências. Uma deusa me devotando para a magia de viver e saber. Sentir tua presença em todos os aspectos é como estar em uma dimensão mais elevada. Despir deus e tocá-la.

O corpo ou o amor se entrelaçam. Os pés são firmes e delicados, pequenos e convidativos aos beijos, com dedos perfeitamente desenhados para acompanhá-los. As pernas são maravilhosamente bonitas, pilares da beleza que proporcionam o melhor aconchego para minhas mãos grossas. O ventre digno de uma sacerdotisa messiânica transborda sensualidade, inspira a sexualidade, e me convida a agraciá-lo com todos os meus sentidos. As partes carnudas no inferior do dorso são montes vislumbrantes e macios onde eu gosto de me sufocar de desejo. As costas guardam o meu próprio peito todas as noites e sobem para ombros pintados à mão pelo divino sol. Braços e mãos que eu poderia segurar por várias vidas, ou apenas deixá-los que toquem minha cabeça. O busto e a barriga são a sutileza do toque e do cheiro, o tato e perfume que tomam meu corpo inteiro. Os seios são os mais belos que já vi nessa existência, dignos da metafísica feminina, me atraindo ao beijo e o saudoso respirar. O pescoço é misterioso em guardar meu rosto, ele que prepara o terceiro olho. Teus olhos são profundos mares amarelos onde quero mergulhar. Tua boca é a personificação da maciez e tudo que eu desejo sempre beijar. Teu rosto é a figura mais bela que me acorda todas as manhãs. E completamente você é o meu desejo antes de partir sonolento.

O molde poderá sofrer mudanças e caminhar com o tempo, mas ainda assim será a materialização do amor que eu quero. A inspiração que eu levo. A musa que eu venero.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Talvez sonhar com o impossível fizesse da realidade um espaço com menos lugares escuros para visitar. Desejo muitas coisas, coisas simples até. Como uma memória registrada ou uma lembrança solar. Uma frase misticamente significativa ou um sopro de existência. Mas enquanto o denso oceano negro não permite tais coisas, flutuo nas diferentes órbitas, destruindo a obscura expectativa. Aliado do único desejo que nunca me será negado: conhecimento.