Beijo. Aperto seus ossos, os mesmos ossos que sentem o calor das mãos. Enchendo nossos cálices de energia, não esqueça de respirar com as mordidas. Trocamos os ares de uma imensa fogueira, e você já não tem nenhuma defesa. Beijo. Admiro as cores, as mesmas cores que você reflete. Se entregue a inércia sem nenhum escudo, pois serei o seu guia entre dois mundos. Flexione seus pulsos que deixarei imóveis acima da lótus de mil pétalas. Descanse os pilares que te conectam a Mãe Terra porque as amarras não têm brechas.
Beijo. Vejo seu corpo aprisionado, o mesmo corpo que vai libertar sua alma. Entregue-se aos sentidos porque o corpo está inerte, e não há escolhas. Nenhum movimento, apenas reação. Se deixe levar pelo vulnerável, esqueça tudo e contemple a sensação. Beijo. Vejo apenas o vermelho, o mesmo vermelho de onde as cordas apertam e queimam. Durma e acorde sem segurar as lágrimas. Você me pintou com vermelho como uma mágica obra de Arte.
Alma. Vejo três olhos, os mesmos olhos que mostram a simetria de nossas consciências. Voaremos livremente em espiral, e nossos orgasmos serão como uma projeção astral.