Holy Grail

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais do que Antes

Três horas da manhã de um dia errado, não sei se ele termina ou começa. A cama tem um espaço vazio que reflete a minha insônia. Silenciado na ausência de sol, preso entre paredes com o pior inimigo. Se a consciência fosse menos movimentada eu estaria ileso, mas eu sou uma exclusão da minha raça. Algumas vezes sou apenas humano, mas eu ainda me sinto diferente desse mundo.

Mais uma hora se passa e o desespero vai subindo na cabeça, quando nos falta concentração a oficina se rebela. Os engenhos querem parar e esperar o impulso, as idéias giram e voltam para o mesmo ponto. Eu só quero ser bem mais do que antes.

Em todos os instantes eu busco a racionalidade dessa poesia sentimental, eu procuro ser o último grão. Talvez eu veja o sol nascendo, limpando meu ritual. Só desejo não mergulhar nas paredes e deitar no vazio.

Nesse tempo, preciso ser mais do que antes.

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