Holy Grail

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Noite Nos Olhos

Os olhos seduziram a alma esquecida, misteriosos círculos penetrantes, recheados de razão. Uma suavidade delirante levou qualquer forma de racionalidade ao chão. Encarando o abismo, sem medo de ser encarado, eis aqui o testemunho dos fatos impossíveis. Coincidências sem cálculos, eufemismos de um desvio natural, a  consistência do ritual evidente nos olhos do magista, a delirante alquimia. Transformando chumbo em ouro, tocando as oitavas mais altas, o cálice deverá provar os segredos escondidos e a dança das serpentes. As dualidades vão abraçar a glória em sua noite de núpcias, e os trovões anunciarão o beijo das estrelas.

Os lábios encarnados anunciam a enfurecida sensação, o olhar é firme como o toque das mãos. As vidas são esquecidas e a iluminação é liberta. Diante das sombras, aqueles que temem o que podem ver nunca serão iluminados. Escondidos em círculos que não se movimentam, a espiral nunca subirá.

Perdido em olhos misteriosos, eu sou um poeta fingindo esquecer. Seduzido pela compatibilidade do alvorecer da manhã dourada, eu desejo o Universo, eu desejo tudo que nossos ventres podem satisfazer. Podemos entrar em perfeita harmonia, enquanto compramos uma escada para o paraíso, e de lá, nada poderá nos desfazer, tudo que foi consumado não pode se perder. E assim, vamos transformar todos os sentimentos que fizeram nossas almas se encontrarem, ultrapassando a ganância daquelas perdidas.

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