Holy Grail

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Depois do Cinza

Voando rápido e bem distante do chão, vou me segurando no fio da espiral dando socos na face para acordar. Sou um argumentador do tempo, andando por todos os lados, jogando areia no caminho para tentar me aproximar do futuro. Viajo enquanto espero uma viagem, cuido para ser cuidado.

O céu sobre meus olhos nunca esteve tão cinzento, e a chuva incansável era como um presságio de dias que não gostamos de pensar em conhecer. Independente das minhas vontades eu escolhi conhecimento, e isso eu sempre poderei usar para ditar.

A certeza de todos os homens passou direto pelo meu caminho, seu véu cinzento e sua sabedoria que desencanta foi sumindo devagar. Com areia nos meus olhos só pensei em segurar forte no fio dessa espiral e me erguer, descobrindo por último a minha razão de viver.

Segundos de medo momentâneo que me fizeram dormir humano, horas de pensamentos distantes que me fazem acordar santo. Sou um filósofo que fechou os olhos para não ver a dama de todos os homens, e esclarecido enxerguei minha branca Madalena.


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